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Giro

Alerta: brincadeira do “desafio da rasteira” pode levar à morte

Nesta semana, vídeos de uma brincadeira conhecida como “desafio da rasteira” viralizaram na internet. Nas imagens aparecem dois adolescentes dando uma rasteira em uma terceira pessoa, fazendo-a cair no chão. Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, um jovem chega a desmaiar durante o desafio.

Além do “desafio da rasteira”, há a “roleta humana” que envolve, também, três pessoas, sendo que uma delas é girada para trás pelos outros colegas. Durante o giro, a pessoa acaba caindo no chão.

A brincadeira está causando preocupação pelo perigo que oferece. Além de poder causar danos na coluna e outras partes do corpo, o “desafio” pode levar à morte, como aconteceu com a adolescente Emanuela Medeiros, de 16 anos. Em novembro do ano passado, a menina participou da brincadeira com dois colegas em uma escola, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e acabou batendo a cabeça no chão. Emanuela sofreu um traumatismo craniano e morreu após passar quatro dias internada.

Nessa terça-feira (11), vários vídeos em que jovens aparecem fazendo o “desafio” começaram a circular nas redes sociais, causando preocupação. Segundo o ortopedista e traumatologista Thairon Medeiros, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Maranhão, a brincadeira é extremamente perigosa.

“Apesar da inocência de quem pratica é uma brincadeira de mal gosto e uma imprudência incalculável porque, no mínimo, a pessoa sofre uma contusão ou um trauma leve. Esse trauma pode evoluir para lesões muito mais graves, como traumatismo cranioencefálico e lesões na medula, deixando a pessoa paraplégica, tetraplégica, em coma ou até evoluir para a morte por causa de uma brincadeira boba como essa”, explica o médico.

Ainda segundo Thairon Medeiros, a pessoa que se machuca na brincadeira é enganada pelos outros colegas, que a fazem bater no chão com muita intensidade.

“Quando a pessoa que está sendo enganada na brincadeira pula e os colegas tocam a perna dela no ar, o mecanismo natural é que a perna vá para cima. Dependendo da força com que os colegas tiram a base dela de apoio, o natural é que a pessoa bata com a cabeça ou com a cervical no chão, com muita intensidade ou com a região do tórax. Nesse caso, com certeza pode favorecer um traumatismo craniano grave, uma lesão na coluna cervical ou um traumatismo torácico, os três são gravíssimos, podendo evoluir para a morte ou sequelas graves. Não tem o menor cabimento esse tipo de brincadeira”, alerta o médico.

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