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Corrupção Política

Bolsonaro diz que casos de corrupção são ‘isolados’; Ciro e Tebet comentam os últimos escândalos

Pré-candidatos à Presidência da República participaram de um fórum promovido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) na noite da última quarta-feira, 29. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participou alegando falta de espaço na agenda. Em discurso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou que a corrupção no seu governo trata-se apenas de casos isolados. Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) criticaram o atual governo, comentando os problemas da economia e os últimos escândalos, como as suspeitas de corrupção no Ministério da Educação e as denúncias de assédio sexual na Caixa Econômica Federal.

 

 

“Principalmente o estudo avançado do ingresso no Brasil na OCDE é sinal de que o Brasil é bem-visto globalmente. Atacamos a facilitação de negócios bem como o combate à corrupção. Isso nós estamos muito bem no governo. Não temos nenhuma corrupção endêmica no governo. Tem casos isolados que pipocam, e a gente busca solução para isso. Mas, além da escolha dos ministros, além de conversar com eles, qual é a real função deles, em cada ministério nós temos uma célula composta de servidores da Polícia Federal, da CGU, da AGU, até mesmo do TCU, para analisar aquilo que há de mais caro, vamos assim dizer, para nós, de modo que a gente ataca a possível corrupção na origem. Não interessa descobrir o corrupto. Temos que evitar que apareça a figura do corrupto”, disse Bolsonaro.

 

Quem ficou atento à fala do presidente da República foi o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. Ele falou sobre corrupção e não deixou de comentar escândalo sexual envolvendo o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. “Uma autoridade pública que usa do seu poder para constranger sexualmente mulheres é um bandido, tinha que ser demitido e responder pela cadeia. Já que você deu a parte, eu vou ser Ciro Gomes aqui”, comentou. Ciro também criticou o atual cenário econômico do país dizendo que milhões de brasileiros estão passando por dificuldades.

 

“O consumo das famílias responde por 60% do PIB brasileiro quando ele cresce. Consumo das famílias, eu vou ser muito rápido, deriva de três fatores, emprego, renda e crédito. Emprego e renda vem depois que o país cresce, hoje estão deprimindo os dois em nível recorde. O sintoma do salário mínimo, pior do que nosso só tem o da Venezuela, mas também a renda média do povo brasileiro está no pior momento da sua renda. Ora, se eu não tenho emprego e renda, o único lugar onde eu posso e tenho que fazer uma política pública é no crédito. Crédito popular. Porque aqui não é um problema trivial de uma minoria, é um problema macroeconômico. Por favor, entendam isso”, argumentou.

 

Quem também participou do evento e não poupou críticas ao presidente Bolsonaro foi a pré-candidata Simone Tebet (MDB). No discurso, ela lembrou que milhões de brasileiros estão passando fome e que é preciso fugir da polarização. “Hoje, os indicadores sociais remontam os idos anos de 1990, quando era uma cena comum, lamentável e triste vermos famílias e pessoas buscarem comida nas latas de lixo. Sim, fatores externos nos trouxeram até aqui, mas nós temos os nossos problemas internos. Hoje estamos diante de um governo negacionista, que nega a ciência, que é inerte naquilo que é prioritário para o Brasil. E, hoje, nós temos que enfrentar uma triste realidade. Triste o Brasil, que tem que escolher entre o esquema do petrolão e as denúncias de corrupção da educação”, afirmou Tebet. O presidente da CNI, Robson Andrande, defendeu a necessidade de agenda nacional de longo prazo e que, para o país dar esse salto evolutivo, é preciso uma estratégia nacional.

 

*Com informações do repórter Maicon Mendes

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