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Política

CPI: Roberto Dias nega indicação por Ricardo Barros e credita cargo na Saúde a Abelardo Lupion

O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, afirmou nesta quarta-feira (7) à CPI da Covid que o deputado Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara, não foi responsável por sua indicação ao cargo no ministério.

Dias diz que seu currículo foi enviado em 2018 ao então deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) – que se tornaria ministro da Saúde no ano seguinte– pelo ex-deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR).

O ex-diretor afirma que mantém relação com “diversos parlamentares do estado” do Paraná, onde é servidor concursado.

As afirmações foram dadas em resposta ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), primeiro a questionar Dias na sessão desta quarta. Calheiros iniciou os trabalhos justamente perguntando sobre as relações entre Dias e Barros.

“Uma relação com um parlamentar do estado de origem, de onde eu venho. Eu sou carioca, mas a minha vida é feita no Paraná. Conheço o deputado Ricardo Barros e tenho um relacionamento, como tenho com diversos parlamentares do estado do Paraná”, afirmou o ex-diretor.

“Eu recebi um convite do então ainda deputado federal [Luiz] Henrique Mandetta, que recebeu o meu currículo através das mãos do ex deputado federal Abelardo Lupion, com o qual eu trabalhava no Paraná”, prosseguiu.

O empresário Abelardo Lupion foi deputado federal entre 1991 e 2015, por diferentes partidos. Em 2018, quando Cida Borghetti (esposa de Ricardo barros) assumiu o governo do Paraná por nove meses, Lupion foi secretário estadual de Infraestrutura e Logística.

Em 2019, Abelardo Lupion foi também secretário Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil da Presidência da República. À época, a Casa Civil era chefiada pelo atual ministro da Secretaria-Geral da Presidêcia, Onyx Lorenzoni.

Em março de 2020, Lupion foi nomeado pelo então ministro Mandetta para o cargo de diretor do Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa do Ministério da Saúde e, em seguida, diretor de programa. No mês seguinte, após a troca no comando da Saúde, Nelson Teich assinou exoneração a pedido de Lupion.

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