Aliados do presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizaram que um eventual pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) deve ser negado caso ela permaneça em solo norte-americano, conforme reportagem da coluna Painel, da Folha de SP.
A informação tem influenciado os rumos da parlamentar, que estaria reconsiderando a mudança para a Itália — país que permite a extradição mesmo de cidadãos com dupla nacionalidade, ainda de acordo com o veículo.
A possibilidade de permanecer nos Estados Unidos é reforçada por outro fator: o apoio de uma ‘comunidade bolsonarista’ bem organizada, especialmente na Flórida, onde a deputada poderia encontrar respaldo político e até meios de subsistência. Ainda assim, até o momento, Zambelli mantém o plano de seguir para a Itália.
Nesta quarta-feira (4), Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um novo inquérito contra a deputada. O objetivo é apurar indícios de ‘coação’ no processo em que ela foi condenada, além de ‘tentativa de obstrução de investigação’.
“Diversas entrevistas concedidas pela ré, em 3 de junho de 2025, indicam que sua fuga do território nacional tem não só o propósito de evitar a aplicação da lei penal, mas também de repetir condutas criminosas contra as instituições, difundindo desinformação e tentando interferir em processos judiciais em andamento nesta Corte”, afirmou Moraes.
Na mesma decisão, o ministro ordenou que a Polícia Federal colha o depoimento da deputada dentro de dez dias. Como Zambelli está fora do país, o STF autorizou que os esclarecimentos sejam prestados por escrito e enviados inclusive por e-mail.
Moraes também mandou monitorar e preservar conteúdos publicados nas redes sociais dela e de aliados que possam ter relação com os fatos investigados.