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Política

Lula defende revogar reforma trabalhista: “recuperar direitos”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais na última terça-feira (4) para afirmar que os brasileiros deveriam “acompanhar de perto”  o que está acontecendo com a reforma trabalhista na Espanha. Ontem, as autoridades espanholas anunciaram a revogação da reforma aprovada em 2012, após o aumento da taxa de desemprego no país. Segundo Lula, o presidente do Governo Pedro Sánchez estaria “trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores”.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também comentou a notícia, a qual considerou “alvissareira”. “A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos”, afirmou ela. No mesmo tweet , Gleisi ainda comemorou a revogação da privatização de empresas de energia na Argentina.

Reforma trabalhista no Brasil

A reforma trabalhista foi sancionada em 2017, pelo então presidente, Michel Temer (MDB). Na época, o texto alterou 117 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mudando as regras sobre férias, jornada de trabalho, contribuição sindical, entre outros. Um dos principais argumentos era de que o número de empregos aumentaria, com a flexibilização das normas de trabalho.

Entretanto, a taxa de desemprego não caiu de forma expressiva, como prometido. No último trimestre de 2017, a taxa de desemprego era de 11,9%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nos primeiros três meses de 2018, já com a reforma em vigor, a taxa chegou a 13,2%.

No final de 2019, ano pré-pandemia, o desemprego chegou a recuar para 11,1%. Mas, com a Covid-19, voltou a subir. Em maio do ano passado,  o número de desemprego atingiu 14,7%, o pior nível em nove anos, com 14,8 milhões de brasileiros desempregados.

Já os dados mais recentes do IBGE, entre agosto e outubro de 2021, apontam taxa de 12,1%. São 12,9 milhões de pessoas desocupadas — número maior do que os 12,4 milhões do último trimestre de 2017, antes da reforma trabalhista.

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