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Maranhão

Mãe vende água e paçoca no sinal para garantir sustento em casa e comprar medicamentos

A batalha diária de Dilza Carneiro começa às 6h com as tarefas domésticas, apesar dos problemas de saúde que vem tentando driblar. Ela sofre com uma endometriose, em que apresenta constantes sangramentos há mais de dois anos e, mesmo assim, sai todos os dias para vender água e paçoca no sinal.

É um pedacinho de humilhação que a gente passa aqui. Dilza Carneiro

Ela diz que não pode parar até porque é a pessoa que dá conta de sustentar toda a família atualmente. O marido, Paulo do Carmo, está de cama por causa da Covid-19 e desempregado. Os dois filhos, Thayla e Ítalo, ainda bem jovens, são quem ajudam a mãe no trabalho na avenida principal da Cidade Operária.

Com chapéu e usando protetor solar, Dilza vai de carro em carro oferecendo água e paçoca sempre que o sinal fica vermelho. Como tantas mães de famílias, ela luta para garantir o sustento em meio às dificuldades acentuadas pela pandemia. Ela, que já trabalhou como auxiliar de escritório, artesã e decoradora de festas, no momento, encontrou apenas esta alternativa de trabalho.

“Fico nessa maratona, corre pra lá, corre pra cá e não consigo finalizar o meu tratamento”, afirma Dilza, que completa dizendo que, acima de qualquer coisa, espera ter saúde. “Meu maior sonho é ter saúde e ver o meu marido com saúde porque com saúde a gente consegue batalhar pra conseguir o resto”, aponta.

A filha Thayla passa o restante do dia ali perto da mãe, tentando desenvolver as tarefas da escola. Em tempos de aulas remotas, um aliado do caderno, do lápis e da borracha é o celular com internet, que foi disponibilizada, de boa vontade, por uma academia próxima ao sinal. A menina também passou por problemas de saúde há algum tempo e diz que sente saudade dos amigos e da escola. Ítalo, que mora sozinho, também tenta dar uma ajuda à mãe no sinal, mas ele que sonha em iniciar a faculdade, já precisou vender produtos dentro dos coletivos para sobreviver.

Recentemente, a família ganhou cestas básicas e doações em dinheiro, o que tem garantido o pagamento de contas, como a de luz, que quase foi cortada, e conseguir comprar os medicamento que ela e o marido precisam. Dilza mora no condomínio Eco Tajaçuaba, desde que foi contemplada em sorteio. “Não temos muita condição, mas não falta o álcool em gel e a gente se protege de todas as maneiras”, destaca.

Dilza ressalta que nem sempre as vendas são boas por conta da chuva ou do medo das pessoas em razão do coronavírus, o que para ela é compreensível. “É um pedacinho de humilhação que a gente passa aqui”, declara. E faz um apelo: “Que nós possamos ter consciência que o vírus ‘taí’ sim destruindo famílias, assim com tentou destruir a minha”, finaliza.

Doações

Uma vaquinha on-line foi criada para ajudar a família, até que eles possam superar as dificuldades na pandemia. Saiba mais aqui ou ajude falando diretamente com Dilza por meio do número: (98) 98872-1235.


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