A maranhense Eliene Amorim de Jesus, de 30 anos, que está detida em Pedrinhas desde 18 de março de 2023, deixará o presídio para cumprir prisão domiciliar, após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ela cumprirá prisão domiciliar, onde não poderá ter acesso as redes sociais, contado com os investigados, uso de tornozeleira entre outras restrições.

Eliene não tinha antecedentes criminais, trabalhava como manicure, desempenhava um trabalho missionário em uma igreja evangélica e estudava Psicologia. Ela estaria em Brasília, no dia do atentado de 08 de janeiro, e não teria participado da depredação do Congresso.

Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, costumava frequentar atos de apoio ao ex-presidente em São Luís (MA) portando um caderno e uma caneta – seu objetivo era escrever um livro, sob a ótica da Psicologia, explicando as razões que motivavam a reunião de tantos desconhecidos por uma afinidade política.

Após sua prisão, a PF apreendeu seu celular e comprovou sua versão ao identificar rascunhos sobre o livro no bloco de notas do aparelho. Os policiais não apontaram nenhuma evidência concreta de vandalismo cometido pela manicure, mas mesmo assim decidiram indiciá-la. Os argumentos frágeis foram acatados pela PGR, que apresentou denúncia ao STF.