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Educação

Professores constatam problemas estruturais em escolas e exigem melhorias para retorno no dia 22, em São Luís

 Depois de tanto tempo longe do ambiente escolar, professores e estudantes da rede municipal de São Luís se preparam para o retorno às aulas previsto para o dia 22 de fevereiro, seguindo os protocolos de biossegurança por causa da pandemia do coronavírus. Porém, há algumas semanas, as condições precárias de muitas unidades escolares da capital causam preocupação.

O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) iniciou no mês de janeiro uma espécie de blitz, em que diretores têm visitado as escolas e constatado problemas nas estruturas físicas.

Em duas semanas, foram visitadas mais de 120 escolas. “O cenário hoje das escolas municipais é muito preocupante. O número é mínimo das escolas que estão passando por reformas, e a maioria está passando apenas por reparos. Reparos esses que não vão dar condições pra que essas escolas retornem com segurança dia 22 de fevereiro. A gente não consegue visualizar todas as 260 escolas, que hoje nós temos na rede, voltando presencial. Algumas está sendo feito só trocas lâmpadas, de torneiras, reparos em telhados, só isso”, afirmou a professora Rose Costa, que lesiona na U.EB. Mindinho, no bairro Maracanã, que faz parte do corpo de profissionais que estão fazendo as visitas.

Ela apontou que há escolas sendo sinalizadas como reformadas, mas que ainda apresentam goteiras, situação de insalubridade, além de problemas elétricos e hidráulicos.

“Queremos que a sociedade conheça o real descaso que está com as escolas municipais durante esses dois anos de pandemia que poderiam ter sido usados para reforma e requalificação na estrutura física para que a gente pudesse retornar com segurança, todos nós da comunidade escolar e os pais que frequentam a escola”, reclamou a professora Rose.

Equipes de profissionais do Sindeducação já estiveram em escolas públicas da rede municipal nos bairros Coroadinho, Bequimão, Turu, Cidade Operária, Cidade Olímpica, Vila Janaína, Santa Clara, na região Itaqui-Bacanga e na zona rural de São Luís.

Na U.E.B. Mariana Pavão Ensino Fundamental, no Bequimão, apenas “três salas foram pintadas, de forma bem grosseira com cal”, segundo o sindicato. Além disso há problemas também em forro da escola. Na U.E.B. Cidade Olímpica, segundo o Sindeducação, o reparo da prefeitura já foi finalizado, mas ainda há problemas.

“Na Cidade Olímpica, Vila Janaina e Santa Clara, por exemplo, é perceptível que as escolas não estão aptas, continuam em cenário de sucateamento”, informou o sindicato.

A diretoria do Sindeducação observou que há escolas, inclusive, recebendo a troca de uma ou duas lajotas no piso, quando a real necessidade seria a troca dele por completo; a mesma coisa acontece em locais em que apresentam goteiras, apenas há troca de uma ou duas telhas, quando seria necessário todo o retelhamento. As escolas situadas na Cidade Operária, ainda segundo a blitz do sindicato, estão recebendo mais atenção, passando por reformas completas, que, no momento da entrega delas, possivelmente atenderão às necessidades da comunidade.

Um ponto recorrente que foi observado nas visitas dos professores já realizadas nas áreas do Itaqui-Bacanga e Zona Rural e constatado também nas demais áreas é o comprometimento dos telhados e forros das escolas.

Para os diretores do Sindeducação, “a impressão que dá é que a Prefeitura de São Luís trabalha fazendo uma espécie de ‘maquiagem’ em todos os locais já visitados nesses núcleos”, afirma publicação no site do sindicato. Durante essas visitas, o sindicato prepara um relatório que deve ser concluído na próxima semana para elencar ponto a ponto do que foi constatado.

Resposta da Gestão Municipal

Imirante.com procurou a assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Luís para buscar respostas e foi informado o seguinte:

“1. A Prefeitura de São Luís encontrou um cenário de grande deterioração das escolas municipais no início de 2021. Foi feito todo o mapeamento das condições e lançado o programa Escola Nova, por meio do qual estão sendo feitas obras de reformas e intervenções necessárias para o retorno seguro das aulas presenciais. Até o momento, mais de 100 escolas foram contempladas com o projeto.

2. As equipes de engenharia encontraram uma série de problemas nos imóveis da rede física escolar, como desgaste nas pinturas, na instalação elétrica e hidráulica, condições insalubres das salas de aula, falta de acessibilidade, problemas nos telhados, cobertura e estruturais como trincas e fissuras comprometidos, mobiliários antigos, pisos quebrados e irregulares.

3. A Prefeitura de São Luís está com uma grande frente de trabalho simultaneamente em várias escolas municipais, em ação conjunta da Semed e a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp).

4. O Município segue realizando as intervenções e melhorias da infraestrutura das escolas, além de todo protocolo sanitário, como a instalação de pias para lavagem das mãos, totens para álcool em gel, sinalização de distanciamento e sanitização dos espaços, para garantir o retorno seguro das aulas presenciais no dia 22 de fevereiro de 2022”

Com informações do Imirante

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