Quais as ações de combate ao coronavirus em Paulino Neves?

O boletim epidemiológico do dia 10 de Março publicou que 462 casos foram notificados, tendo sido descartado 280, 177 confirmados e apenas 03 óbitos.
Os casos suspeitos são de apenas 04 e nenhum ativo. É interessante considerar que a situação de Paulino Neves dentro do aspecto epidemiológico, segundo o boletim, é uma situação de estagnação do vírus, configurando a ausência de causa alarmante de transmissão do Covid-19.
Subnotificação
Se o próprio boletim passa que não há um aumento de contaminação, haveria então a existência de subnotificações.
Perigo
O Covid-19 é uma infecção gravíssima que pode complicar o estado do paciente em menos de 24 horas e para evitar isso é necessário medidas massivas sanitárias, de conscientização da população por meio de campanhas educativas e ostensivas, não apenas de controle social.
“Não há estudos que digam que manter-se em casa e usar apenas mascaras é o suficiente, pois o isolamento social coloca o paciente à mercê do vírus em sua própria casa, uma vez, que ele não ficará apenas em casa, terá que sair para fazer algo e ao sair, pode contrair o vírus, voltando para casa e contaminando os demais. E como fazer para evitar essa contaminação? Ter meios de prevenção, sendo oferecidos pela saúde publica”. Alerta -Dr. Marcos – infectologista.
Indagações
Como está sendo feito o teste rápido e seus resultados?
Qual o trabalho da estratégica, saúde da família, mesmo em meio a pandemia?
Está existindo alguma uma unidade de atendimento a síndromes gripais no município?
Quantas pessoas vão ter que manifestar clinicamente uma forma grave para o município se fale para a população, sobre uma forma de combate, de controle ao vírus, como barreiras sanitárias e outras?
Prevenção
Fica constatado que a pandemia veio e mostrou estrangulamento do SUS e a falta de leitos no Maranhão. Um município como Paulino Neves, não existe um local que possa as síndromes gripais, como anteriormente acontecia no Centro de Atendimento a Síndromes Gripais.
Segundo que apuramos, é, que o Hospital do município gerido pelo estado, não tem respiradores, tão pouco leitos para pacientes com síndromes gripais.
O município hoje tem uma unidade que atende de tudo, do abastecimento da assistência farmacêutica ao curativo, ao acompanhamento da gestante, consulta no idoso, da criança. Todos vinculados na mesma unidade separação devida e primordial, como recomenda a OMS.
É necessário que a gestão do município elabore um plano para que aja uma preconização e atendimento prioritário às pessoas que apresentarem sintomas do coronavírus.
O que é COVID-19
Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan na China e causou a COVID-19, sendo em seguida disseminada e transmitida pessoa a pessoa.
Quais são os sintomas
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal-SG (presença de um quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos dois dos seguintes sintomas: sensação febril ou febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza) até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:
- Tosse
- Febre
- Coriza
- Dor de garganta
- Dificuldade para respirar
- Perda de olfato (anosmia)
- Alteração do paladar (ageusia)
- Distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diarreia)
- Cansaço (astenia)
- Diminuição do apetite (hiporexia)
- Dispnéia ( falta de ar)
Como é transmitido
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de:
- Toque do aperto de mão contaminadas;
- Gotículas de saliva;
- Espirro;
- Tosse;
- Catarro;
- Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.
Diagnóstico
O diagnóstico da COVID-19 pode ser realizado a partir de critérios como:
1 – O DIAGNÓSTICO CLÍNICO é realizado pelo médico atendente, que deve avaliar a possibilidade da doença, principalmente, em pacientes com a associação dos seguintes sinais e sintomas:
- Febre, que pode estar presente no momento do exame clínico ou referida pelo paciente (sensação febril) de ocorrência recente.
- Sintomas do trato respiratório (por exemplo, tosse, dispneia, coriza, dor de garganta)
- Outros sintomas consistentes incluindo, mialgias, distúrbios gastrointestinais (diarreia/náuseas/vômitos), perda ou diminuição do olfato (anosmia) ou perda ou diminuição do paladar (ageusia).
Em crianças, além dos itens anteriores, considera-se também a obstrução nasal, a desidratação e a falta de apetite (inapetência), na ausência de outro diagnóstico específico.
Em idosos, deve-se considerar também, critérios específicos de agravamento como: síncope (desmaio ou perda temporária de consciência), confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e falta de apetite (inapetência).
O diagnóstico clínico da doença, também deve ser considerado em pacientes com doença grave do trato respiratório inferior sem causa clara, como é o caso de pacientes que se apresentem em Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesta síndrome o indivíduo apresenta-se em franca dispneia/desconforto respiratório/dificuldade para respirar com saturação de oxigênio (O2) menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto (cianose) ou queixa de pressão persistente no tórax.
Em crianças, a SRAG apresenta-se com os sinais e sintomas anteriores, devendo ser observados sinais característicos de esforço respiratório, tais como, os batimentos de asa de nariz, tiragem intercostal, e, por fim, alteração na coloração das extremidades que ficam azuladas (cianose).
2 – O DIAGNÓSTICO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO é realizado pelo médico atendente no qual considera-se:
- casos de paciente com a associação dos sinais e sintomas supracitados ou SRAG MAIS histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para COVID-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.
Editorial Imaranhão – Paulo Sousa