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Rosário é a cidade mais violenta do Maranhão, segundo Ipea

Rosário foi considerada a cidade mais violenta do Maranhão durante o ano 2017, segundo o Atlas da Violência, estudo produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados foram divulgados esta semana à imprensa. Ano passado, o município registrou uma taxa de 70,9 assassinatos para um agrupamento de 100 mil pessoas. Em seguida, aparece Turilândia, com índice de 67,8, enquanto São Luís apresentou taxa de 46,9.

Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, de acordo com o Atlas da Violência, Açailândia apareceu com a maior taxa de homicídios no Maranhão, uma média de 50,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Já em São Luís ocorreram 506 assassinatos no decorrer do ano passado, o que reflete uma taxa de 46,9 homicídios para cada 100 mil moradores. Ainda segundo o estudo do Ipea, comparando-se o período de 2007 a 2017, houve um aumento de 57,1% dos casos de homicídios na capital. No entanto, na comparação entre 2016 e 2017, constata-se uma queda de 15,8% do número de mortes violentas.

Os dados do Ipea também revelam que a maioria dos assassinatos no Maranhão teve o envolvimento de “faccionados” e foi motivada pelo tráfico de entorpecentes. Há, pelo menos, nove facções criminosas acusadas de disputarem o mercado de drogas no Maranhão e a hegemonia do controle das unidades prisionais.

Nordeste

Em relação à região Nordeste, o estado com maior taxa de assassinatos estimada em 2017 foi o Rio Grande do Norte, que registrou taxa de 67,4 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes. Na segunda posição, aparece o Ceará, com índice de 64,0. Logo após, vem Pernambuco, com 62,3. Na sequência, vêm Sergipe, 58,9; Bahia, 55,3; Alagoas, 53,9; Paraíba, 33,9; Maranhão, 31,9; e Piauí, 20,9 casos.

Assassinatos

A polícia, ainda ontem, não tinha efetuado a prisão dos acusados do duplo homicídio, praticado com requintes de crueldades, ocorrido na última segunda-feira, na zona rural de Rosário. Os corpos das vítimas foram encontrados por populares em um casebre e, segundo a polícia, apresentavam várias perfurações de faca.

Um dos mortos foi decapitado. Há informações de que as vítimas eram pescadores. De fato, no local do crime, havia vários peixes. Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para serem autopsiados e, até ontem, permaneciam sem identificação. O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia Regional de Rosário.

A polícia informou que o crime pode ter sido ordenado pelo presidiário do Complexo Penitenciário de Pedrinhas Wanderson Aurélio Cantanhede Santos, o Perninha. Há informações de que uma das vítimas tinha ligação com facção criminosa e teria praticado roubo na Região do Munim.

Feminicídio

Na cidade de Turilândia, a polícia registrou um crime de feminicídio, na última quinta-feira. A vítima foi identificada como Maria Joaquina Rodrigues, de 33 anos. O principal suspeito foi preso e identificado como Jeremias Silva de Jesus, o Jereba, de 33 anos.

De acordo com a polícia, Jereba declarou que teria cometido o crime pelo fato de a vítima ter desferido um tapa em seu rosto. A mulher foi morta a golpes de faca e pode ter sofrido violência sexual. O crime está sendo investigado pela equipe da Delegacia Regional de Pinheiro, coordenada pelo delegado Oséas Ferreira.

Diminuição

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira, que os casos de homicídio no Maranhão registraram redução de 29% de janeiro a junho deste ano, em comparação com mesmo período do ano passado.

Também foi informado que houve aumento do índice de indicação de autoria de crime. No momento, 55% dos assassinatos são elucidados. No semestre passado, considerando o total de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), o Maranhão apresentou 16,6% de redução, enquanto na Grande São Luís o percentual de redução foi de 25%, em comparação com o mesmo período de 2018.

Os CVLIs incluem os homicídios, lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo seguido de morte). O delegado-geral de Polícia Civil, Leonardo Diniz, atribui a redução consecutiva desses casos ao trabalho integrado do sistema de Segurança Pública ao longo dos meses.

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