Secretaria de Saúde de Santo Amaro do Maranhão rebate reportagem e alega perseguição política
SANTO AMARO DO MARANHÃO — Após a veiculação de uma reportagem pelo portal Imaranhão denunciando supostas precariedades na estrutura hospitalar de Santo Amaro do Maranhão, a Secretaria Municipal de Saúde reagiu nos comentários da publicação no Instagram, classificando as críticas como resultado de perseguição política.
Em sua resposta, o perfil oficial da Secretaria afirmou que a gestão municipal mantém o hospital funcionando com recursos próprios, apesar da falta de apoio efetivo dos governos estadual e federal. O comentário sugere ainda que o meio de comunicação responsável pela reportagem estaria sendo pago para atacar administrações que não se alinham a determinados grupos políticos.
“Pelo que se ouve falar, esse meio de comunicação é pago para atacar a gestão de alguns municípios que não rezam a cartilha de um grupo político”, diz trecho da resposta.
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De acordo com os dados apresentados, o hospital de Santo Amaro possui médico 24 horas, realiza de 12 a 14 cirurgias eletivas por mês, oferece exames de ultrassonografia (média de 150 mensais), conta com laboratório ativo de segunda a sábado, realiza partos normais e cesáreas eletivas, e dispõe de aparelho de raio-X — embora, segundo a gestão, com resolução limitada. Um novo equipamento já teria sido solicitado ao Governo do Estado, sem retorno.
A Secretaria informou que o município investe mais de R$ 400 mil mensais na manutenção do hospital, recebendo apenas R$ 31 mil de repasse federal fixo.
Recentemente a senadora Ana Paula Lobato destinou R$ 1 milhão em recursos para a saúde de Santo Amaro, valor que teria sido fundamental para manter os serviços funcionando diante da carência de apoio estadual e federal.
A gestão também criticou a estrutura hospitalar do município vizinho de Barreirinhas, alegando que muitos casos simples e graves de lá são direcionados ao Hospital Regional, enquanto Santo Amaro precisa transferir pacientes em estado crítico para São Luís, onde os hospitais estariam constantemente superlotados.
A Secretaria conclui que os ataques ignoram o contexto financeiro desigual entre os municípios e cobra uma análise mais justa dos recursos e responsabilidades de cada gestão.