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Sindicato de bares e restaurantes contabiliza demissões em São Luís e afirma: ‘Alguns não voltam mais’

O impacto econômico do novo coronavírus atingiu com força o setor de bares e restaurantes em São Luís. Nesta segunda (13) houve restaurante, por exemplo, informando a demissão de 70 funcionários desde que o distanciamento social foi imposto. Outros restaurantes já anunciaram o mesmo.

“Muitos não vão aguentar. A solução, infelizmente, foi recorrer à dispensa de força maior, que nos permite pagar os 20% da multa. […] Tem muitos restaurantes, lanchonetes, cafés, que possivelmente não vão voltar. O prejuízo é muito grande”, afirmou Francisco Neto, presidente Sindicato dos Bares e Restaurantes do Maranhão (Sindbares).

A Avenida Litorânea costuma ser bastante movimentada. Mas, nas férias, ficou com fraco fluxo de pessoas. — Foto: A.Baeta

A Avenida Litorânea costuma ser bastante movimentada. Mas, nas férias, ficou com fraco fluxo de pessoas. — Foto: A.Baeta

Além do isolamento dos clientes em casa, outro fator que contribuiu para o desligamento de funcionários foi o período em que a pandemia aconteceu – logo depois do carnaval. Restaurantes que vivem do comércio na região da Avenida Litorânea, por exemplo, registraram uma forte queda no faturamento porque a maioria das pessoas foram atraídas para o Centro Histórico.

Além disso, a alternativa de migrar para vendas em delivery não foi suficiente para manter o negócio com a mesma força, devido a alta concorrência que surgiu nesse meio.

“Só o delivery não foi satisfatório porque muita gente entrou no segmento. Pelo contrário, fez foi reduzir a quantidade de entregas. Se tinha 10 [empresas] antes, entraram 1000. Cada um com uma promoção sem fazer uma conta. Sem contar que as pessoas, com o susto, estocaram muita mercadoria e passaram a fazer comida na própria casa”, explica Fernando.

Buscando soluções

Até o momento, o sindicato do setor está contabilizando a quantidade de demissões. Mesmo assim, o momento é de buscar alternativas para evitar mais perdas. A demissão tem sido a última opção.

“A gente analisou várias opções. Alguns precisaram fazer a demissão por força maior, outras vão dar férias coletivas de dois meses, outras vão pegar empréstimo bancário”, declara o presidente do Sindbares.

Rafael Sampaio, que é gestor especialista em negócios para delivery, afirmou  que foi preciso demitir dois funcionários nesse momento, mas que irá admitir outras três pessoas para um novo negócio. Outra ideia é reformular o próprio conceito de seu restaurante, para se adaptar ao mercado atual.

“Aqui na empresa estamos melhorando o pilar fazer mais com menos. Estamos lançando mais três marcas de delivery, que irão operar num espaço compartilhado. Uma espécie de cozinha compartilhada mesmo”, diz o empresário.

G1

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