Uma operação da Polícia Civil prendeu três policiais militares do Maranhão suspeitos de integrarem organização criminosa de jogo ilegal, com base o Estado do Rio de Janeiro. As prisões foram na manhã desta segunda-feira (18).

Durante a operação “Barões da Polícia Civil” mais oito pessoas foram presas e ainda foram apreendidas máquinas de cartão, munições, arma de fogo, notebook e celulares.

O resultado da operação foi apresentado durante coletiva na sede da Polícia Civil, no bairro Outeiro da Cruz, em São Luís, que contou com a presença do delegado-geral da Polícia Civil, Jair Paiva.

Participaram da coletiva o superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), Augusto Barros; e do chefe do Departamento de Combate ao Crime Organizado, delegado Thiago Dantas.

Delegado Thiago Dantas informou que a operação visava reprimir o crime de jogo ilegal e corrupção de agentes públicos. As ações ocorreram em São Luís, capital do Maranhão, e na cidade carioca de Duque de Caxias.

Ação da polícia

Os policiais conseguiram prender 10 integrantes do bando criminoso na Grande São Luís e um em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Entre os detidos, três são militares.

“Os militares detidos pertencem ao núcleo de segurança e responsáveis pelo transporte de valor do esquema criminoso”, informou o delegado.

Ao todo, 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, 18 em São Luís.

A Organização criminosa

Segundo Jair Paiva o grupo é oriundo do estado do Rio de Janeiro e está se expandido para todo o país, principalmente, no Maranhão.

“Um grupo bem estruturado e conta com os núcleos da parte logística e administrativa”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil.

O grupo ainda é suspeito de ameaçar e cometer homicídios a integrantes de bando rival atuante em jogo ilegal.

No decorrer da investigação, a polícia constatou que esses criminosos são os suspeitos do assassinato de Bruno Vinícius Nazon Moraes Borges, de 31 anos. O crime aconteceu em um bar, na Litorânea, em São Luís, no dia 12 de fevereiro de 2021.

O delegado disse que esse homicídio foi motivado em razão das disputas de pontos de apostas e pelo fato da vítima pertencer a um grupo rival e as investigações vão continuar sendo realizadas pela Polícia Civil para identificar os outros integrantes dessa organização criminosa.